ATAQUE

ATAQUE EM ARACRUZ: adolescente responderá por atos infracionais análogos aos crimes de 10 tentativas de homicídio qualificadas e três homicídios qualificados

A Polícia Civil do Espírito Santo afirmou que ele planejava o ataque havia dois anos, mas alegou não revelou ter qualquer motivação específica para a ação.

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Mirella Araújo

Publicado em 26/11/2022 às 15:56 | Atualizado em 26/11/2022 às 16:38
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O adolescente de 16 anos responsável pelo ataque contra duas escolas na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, nesta sexta-feira (25), deverá responder por ato infracional correspondente aos crimes de 10 tentativas de homicídio qualificada e três homicídios qualificados, segundo informou a Polícia Civil do estado. Todos os atos com o agravante de por motivo fútil e com impossibilidade de defesa da vítima. 
A polícia também afirmou que o atirador foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do  Espírito Santo, em Cariacica, na Grande Vitória. As armas apreendidas foram encaminhadas para o setor do Departamento de Criminalística, juntamente com as munições. As informações são do Estadão Conteúdo
Segundo a apuração da Polícia Civil do Estado, o autor do ataque a duas escolas usou a arma do pai, um policial militar, na ação que deixou duas professoras e uma aluna de 12 anos mortas.
Em entrevista, o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou que a família estava chocada com as atitudes do atirador e colaborou para garantir a apreensão dele depois da chegada da polícia.

Vídeo mostra momento em que atirador invade escola a tira contra as pessoas

"Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores", afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

ESTADO GRAVE

A Secretaria da Saúde do Espírito Santo divulgou nota oficial sobre os quadros de saúde dos sobreviventes do ataque. Três mulheres, com idades de 52, 45 e 38 anos, passaram por cirurgias e seguem em UTI em estado grave no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, no município de Serra, próximo a capital Vitória.
Uma quarta mulher, de 58 anos, passou por cirurgia no Hospital Estadual de Urgência Emergência da capital do estado e permanece estável.
Dois adolescentes seguem internados na UTI do Hospital Estadual N.Sra. da Glória, também na capital. Um garoto de 11 anos passou por cirurgia e uma garota de 14 anos segue entubada e em estado grave, ambos em estado grave.
 

COMO OCORREU O ATAQUE?

Eram cerca de 9h30 quando o atirador chegou na primeira escola, de ensino fundamental. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele usava uma roupa camuflada, um capuz e uma máscara de caveira. Armado com uma pistola, ele tinha carregadores de munição e, ao invadir a escola, chegou primeiro na sala dos professores, onde começou a atirar. Duas professoras morreram no local.
Pouco depois, o atirador entrou em um Renault Duster dourado e foi para a segunda escola, particular. No local, ele se dirigiu ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Uma estudante de 12 anos morreu.
Depois da identificação do proprietário do carro , a polícia seguiu para a casa do adolescente, que confessou o crime à Polícia Civil, e entregou todos os itens usados nos ataques, como a roupa camuflada com uma suástica nazista que vestia, além das armas. "
Ele tinha uma pistola .40 do Estado, da Polícia Militar, que era do pai, e um revólver 38 particular, além de três carregadores", disse Renato Casagrande em entrevista sobre o caso.
O adolescente tem 16 anos estudou até junho deste ano no primeiro colégio a ser invadido, a Escola Estadual Primo Bitti, que fica no bairro Coqueiral e distante cerca de um quilômetro do Centro Educacional Praia de Coqueiral, a outra unidade escolar atingida.
Segundo a polícia, ele ainda revelou que planejava o ataque havia dois anos, mas alegou não revelou ter qualquer motivação específica para a ação.
 

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