Ágape

Mais um best-seller na série do padre Marcelo Rossi

Depois do livro, do disco, agora um DVD na grife Ágape

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 23/09/2012 às 3:00
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Padre Marcelo Rossi pode confirmar mais uma vez que Deus escreve certo por linhas tortas. Convalescendo de um grave acidente na perna, que o deixou imobilizado por algum tempo e o obrigou a usar cadeira de rodas durante três meses: “Foi muito difícil para mim passar este tempo todo parado. Então comecei a escrever observações, pensamentos, o que me vinha à cabeça. Uma espécie de diário. Foi Gabriel Chalita que sugeriu que fosse publicado. Acabou sendo um livro maravilhoso, que já vendeu só no Brasil mais de 8 milhões de exemplares, e não sai da lista de mais vendidos da Veja”, exulta o Padre Marcelo Rossi, em entrevista por telefone sobre o lançamento do DVD Ágape ao vivo. A lesão na perna foi um acidente na esteira onde costumava manter a forma correndo. “Fui voltando aos poucos a fazer esteira, mas até agora ainda não consigo correr, continuo fazendo fisioterapia”. Além do livro, um CD, e agora o DVD, ainda vem por aí o Agapinho, a versão para crianças: “As pessoas perguntam se as vendas estão dando muito lucro. Posso dizer que o lucro foi o suficiente para concluir o Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus”, continua padre Marcelo Rossi, que gravou o show para o DVD no santuário ainda em construção. “Cercamos uma parte do local, outra parte foi ocupada pelo palco, mesmo assim tivemos espaço suficiente para um público de umas 50 mil pessoas. Foi maravilhoso, uma bênção, porém na hora, preocupado com que tudo corresse bem, não me emocionei. Depois, quando assistir ao vídeo aí, sim, veio a emoção porque até então tinha noção do show, tudo correu bem, mas tinha ideia de quem está no palco. Quando vida perspectiva de quem está vendo foi emocionante”. Para a gravação do DVD foi que preciso interromper a construção do santuário, que deve ficar pronto até o dia 12 de outubro, a tempo do sacerdote lançar o Agapinho, certamente mais um campeão de vendagem. O CD Ágape vendeu 1,7 milhão de cópias, o DVD, acredita Padre Marcelo Rossi, passará do milhão de unidades. Em disco e DVD é obrado um verdadeiro milagre. A pirataria dos dois produtos é bastante modesta: “Por incrível que pareça sofremos pouco com a pirataria. Nosso público não vai à pirataria. Primeiro porque as pessoas sabem em que a renda com as vendas é empregada, depois porque estão conscientes de que pirataria é crime, e o crime é pecado”. Padre Marcelo revela que a pressa para gravar o DVD, interrompendo as obras do santuário, se deveu ao fato de que ele tinha pouco tempo para apresentar um show como aquele no local: “Quando estiver terminado, ficamos proibidos pela Igreja Católica de realizar eventos deste tipo no santuário, um lugar sagrado, com tanta gente trabalhando nele, tantos convidados. Posso até repetir, mas num estádio, o Maracanã, por exemplo. Belo, Alexandre Pires, Xuxa, Padre Fábio Melo, o maestro João Carlos Martins, com orquestra. Este DVD vai se tornar uma relíquia. E foi tudo mútuo fácil. Tudo foi escolhido num só dia, todos estes artistas se prontificaram a participar imediatamente”. A gravação aconteceu em 20 de maio, dia do aniversário de 45 anos do padre, que confessa evitar sempre que possível comemorar a data. “Mas desta vez foi uma bênção divina”, diz o padre cantor mais famoso do Brasil. Não apenas cantor, um consumidor de música pop, que compra em quantidades consideráveis. O momento em que mais curtia música era quando corria na esteira. Foi na esteira que sofreu a grave lesão na perna, que rendeu a tetralogia Ágape. A primeira vez que viu o DVD que está sendo lançado foi caminhando na esteira (ainda está podendo correr, continua na fisioterapia: “Gosto de muitos gêneros musicais, porém não muito de música erudita. A amizade com João Carlos Martins está me levando a gostar de Bach. Acho que a música é feito na enologia, você vai aprendendo aos poucos a aprender o sabor de determinado vinho. Tem que aprender a degustar, foi assim que aprendi a gostar de Bach”, comenta padre Marcelo, que na época em que corria curtia outros sons. “Um dos meus discos preferidos é o Sunday bloody Sunday, do U2. Tenho um gosto muito eclético, são tantas as músicas de que gosto, inclusive de cantar também. Eric Clapton é um dos meus preferidos. Ouço muito também o Skank, Legião Urbana”, revela seus gostos o padre Marcelo, que foi adolescente no auge do BRock, nos anos 80. Por enquanto ele não viaja com o show do DVD nem vai promover sessões de autógrafos Brasil afora. Sua preocupação atual é concluir o Agapinho para que fique pronto no Dia da Criança. Neste ínterim, viaja para Espanha e Portugal, onde o livro foi lançado com sucesso.

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