ELEIÇÕES 2018

Em Pernambuco, candidatos a governador poderão gastar até R$ 9,1 milhões

Campanhas para governador e senador ficarão mais baratas em Pernambuco com nova regra da Justiça Eleitoral

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 17/02/2018 às 18:01
Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
Campanhas para governador e senador ficarão mais baratas em Pernambuco com nova regra da Justiça Eleitoral - FOTO: Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem
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As novas regras de financiamento eleitoral para 2018 vão impor uma redução significativa nos gastos da campanha em Pernambuco para todos os cargos. Com 6,5 milhões de eleitores, os candidatos a governador poderão gastar no máximo R$ 9,1 milhões no primeiro turno. O valor é menos da metade dos R$ 19 milhões em gastos declarados pelo governador Paulo Câmara (PSB) e dos R$ 24,5 milhões que o senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirmou ter empregado na ocasião.

“Isso não gera preocupação. Primeiro porque não vai se aplicar apenas ao governador Paulo Câmara, mas a todos os candidatos que disputarão a eleição. Em 2016, a gente teve oportunidade de ter uma situação semelhante. Nós tivemos uma redução de gastos em relação a 2012 na campanha do prefeito Geraldo Julio de cerca de 25% a 28%”, explica Sileno Guedes, presidente do PSB-PE.

De acordo com Sileno, dois fatores ajudarão as eleições a ficarem mais baratas em 2018. O primeiro é a redução de 45 dias no tempo de duração das campanhas e de dez dias no período direcionado ao guia eleitoral. A programação na TV também ficará mais curta. Além disso, alguns materiais de divulgação que foram permitidos em 2014, como a pintura de muros e o uso de cavaletes, não serão mais possíveis em 2018.

“A campanha agora se dá muito através das redes sociais também. O governador tem andado o Estado. Nós temos o maior número de deputados federais, estaduais, vereadores e prefeitos. E uma militância aguerrida que fará a diferença nas ruas”, projeta o socialista.

Para Armando Monteiro, a redução no teto de gastos eleitorais vai fazer com que as campanhas sejam mais criativas. O petebista também vê as redes sociais como uma opção para ampliar o alcance das propostas a um custo mais baixo. O senador foi relator da criação do Fundo de Financiamento da Democracia, que surgiu para suprir o fim das doações empresariais.

“A gente tem que jogar com as regras que estão estabelecidas. Não há dúvidas de que tendo limites mais baixos e tendo algumas fontes de financiamento que não existem mais, como o financiamento empresarial, evidentemente o que tem que fazer é uma campanha dentro desse limite. Não se pode imaginar que você tenha que fazer campanha com fontes clandestina. O que significa gastar menos com marketing”, explica Armando.

Teto para senador e deputado

Não só os candidatos a governador terão que se desdobrar para fazer campanha com menos recursos. Para o Senado, o limite de gastos em Pernambuco ficou estipulado em R$ 3,5 milhões. A cifra está bem abaixo do que foi declarado à Justiça Eleitoral pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB): R$ 6,7 milhões.

Os postulantes ao cargo de deputado federal poderão investir até R$ 2,5 milhões. Já quem quiser tentar uma vaga na Assembleia Legislativa poderá gastar até R$ 1 milhão. Até 2014, não havia um teto de gastos definidos pela Justiça. Antes do início de cada campanha, os próprios candidatos informavam o valor máximo que pretendiam despender no pleito.

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