Instado a comentar a denúncia formal da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, o governador Paulo Câmara (PSB) evitou emitir juízo de valor, mas cobrou celeridade do Congresso Nacional para analisar a questão. "Não podemos ter nenhum tipo de prejulgamento porque não cabe nesse momento", afirmou o governador nesta quarta-feira (28), após uma cerimônia no Palácio do Campo das Princesas. Apesar de cobrar pressa, defendeu que todo o trâmite legal e constitucional seja seguido.
"A gente tem que aguardar os próximos passos. O Brasil está num momento muito delicado que não é de agora, mas que se aprofundou, sem dúvida nenhuma, em 2017. E a gente espera que essa denúncia tenha logo a sua celeridade em relação ao Congresso Nacional porque é muito importante ter uma definição. O Brasil não pode ficar nesse compasso de espera. A gente precisa voltar a crescer, voltar a gerar emprego, voltar a ter estabilidade institucional. Momentos como estes são muito ruins", avaliou Paulo Câmara.
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Ele pediu que, tão logo a denúncia chegue ao Congresso, ela tramite com rapidez para dar resposta ao País. Vice-presidente nacional do PSB, o governador também disse que o partido já se manifestou sobre essa questão; ressaltando que para os socialistas o momento exige serenidade, mas ao mesmo tempo, rapidez.
'AFIRMAÇÕES GRAVES'
Questionado sobre o duro pronunciamento em que Temer sugere que o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pode ter se beneficiado da delação da JBS, Paulo Câmara ressaltou que são "afirmações graves" para as quais o presidente deve ter "muitos elementos" e afirmou que é preciso ser esclarecido.
"Evidentemente que o presidente deve ter muitos elementos para ter feito as afirmações que fez. São afirmações muito graves que cabem as instituições irem atrás dessas informações. Porque o Brasil precisa também de respostas para tudo o que está sendo denunciado de maneira célere", afirmou o governador.
