Críticas

Senador Armando Monteiro diz que governador Paulo Câmara não sabe articular projetos para Pernambuco

Nesta quarta-feira, durante sessão plenária do Senado Federal, o petebista teceu desaprovações ao Governo de Pernambuco

Editoria de Política
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Publicado em 19/10/2016 às 18:02
Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Nesta quarta-feira, durante sessão plenária do Senado Federal, o petebista teceu desaprovações ao Governo de Pernambuco - FOTO: Foto: Ana Volpe/Agência Senado
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O senador Armando Monteiro Neto (PTB) criticou o que chamou de “um déficit de articulação política” do governador Paulo Câmara, a quem atribuiu a exclusão de Pernambuco do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Governo Federal, e a redução de 22% das dotações para investimentos no estado no projeto da lei orçamentária de 2017. 

Durante sessão plenária do Senado Federal, nesta quarta-feira (19), o petebista teceu desaprovações ao Governo de Pernambuco e indagou o motivo pelo qual “empreendimentos essenciais” para o Estado, como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232 entre São Caetano e Sertânia, não estão sendo priorizados na PPI. “Como explicar a ausência de Pernambuco no programa de concessões do governo federal e uma queda tão significativa na dotação dos recursos orçamentários, para R$ 252 milhões, quando o governo do estado e sua base parlamentar federal apoiaram e atuaram ativamente no impeachment? É estranha a exclusão de projetos estratégicos para Pernambuco no PPI quando estes projetos já integravam o programa de concessões do governo anterior”, disse. 

O petebista ainda referenciou os ministros pernambucanos Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação), Fernando Filho (Minas e Energia) e Raul Jungmann (Defesa), afirmando ter certeza que eles ajudariam o Estado caso fossem notificados e condenou a “terceirização” aos quatro ministros, “que têm atuação destacada em favor de Pernambuco”, a responsabilidade pela ausência do PPI. “O governador não teve a capacidade mínima de articulação com os quatro ministros de Pernambuco, que tenho certeza de que, pelo espírito público, ajudariam nosso estado se tivessem sido instados tempestivamente”. 

Em seu discurso, Armando propôs um “auxílio complementar da União” nas ações de socorro e recuperação dos municípios pernambucanos atingidos pela seca, "dos quais 125, ou quase 70% deles", se encontram em situação de emergência.

Resposta

Em resposta as críticas de Armando, o deputado federal Danilo Cabral disse que o Senador perdeu a oportunidade de ficar calado. “Armando não tem autoridade política para falar do Governo. Foi um ministro omisso quanto aos interesses do Estado e atuou como integrante da tropa de choque do pior Governo da História do Brasil. Um governo que parou o País e levou ao desemprego milhões de pernambucanos”, disse.

O deputado ainda afirmou que Armando sumiu do Estado desde a “acachapante derrota imposta por Paulo Câmara” nas eleições de 2014. “O que trouxe para Pernambuco como ministro do Desenvolvimento? Autoexilou-se em Brasília. Como prêmio de consolação, ganhou do PT o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No seu melhor estilo de político retrógrado, da velha política, só aparece em tempo de eleição. O que os pernambucanos esperam de Armando é que se dedique a trabalhar pelo povo do nosso Estado”, pontuou.

Armando tem ensaiado uma volta à disputa das eleições para governador em 2018, apesar de evitar se colocar como líder da oposição em Pernambuco e afirmar que colocação é “precoce”, o senador já avisou que não irá se furtar em “a atender a convocação de companheiros”: “se me for atribuída uma missão, não recusarei”. 


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