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Ex-marido de Dilma Rousseff, ex-deputado Carlos Araújo morre no RS

Carlos Araújo conheceu Dilma Rousseff em 1969, quando militavam contra a ditadura militar

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Publicado em 12/08/2017 às 11:05
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Carlos Araújo conheceu Dilma Rousseff em 1969, quando militavam contra a ditadura militar - FOTO: Foto: Reprodução
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O ex-deputado e ex-marido de Dilma Rousseff, Carlos Araújo, faleceu à 0h01 deste sábado, 12, em Porto Alegre. Ele estava internado na UTI da Santa Casa de Misericórdia da capital gaúcha desde o dia 25 de julho, devido a um quadro de cirrose. 

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, durante todo o período internado, Carlos Araújo ficou na UTI. O quadro era considerado grave, mas estável. A causa da morte não foi divulgada. 

Carlos Araújo conheceu Dilma Rousseff em 1969, quando militavam contra a ditadura militar na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi com ele que a ex-presidente teve sua única filha, Paula Rousseff Araújo, em 1976. O casal ficou junto até 2000, no entanto, mantiveram a amizade e a proximidade

Além de Paula, Carlos Araújo deixa mais dois filhos, Leandro e Rodrigo e os netos Gabriel e Guilherme.  Nomeado em homenagem aos comunistas históricos Karl Marx e Luiz Carlos Prestes, Carlos Araújo nasceu em 1938, em São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul. 

Em contato desde a adolescência com a militância comunista, chegou a participar, em 1958, do Festival Internacional da Juventude, em Moscou, na União Soviética. Lá, se desiludiu com a esquerda após ler sobre as denúncias de Nikita Kruschev sobre os crimes de Joseph Stalin. 

Com o golpe de 1964 e a instauração da ditadura militar, passou para a luta armada com o codinome Max. Foi neste período que conheceu Dilma, mais conhecia como Estela. Ambos foram presos e torturados pelas forças militares. 

Após a redemocratização, voltou a Porto Alegre e se filiou ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Leonel Brizola, quem já conhecia desde a década de 1960. Pela legenda, foi eleito para três mandatos de deputado federal entre as décadas de 1980 e 1990. Em 1988 e 1992, se candidatou à prefeitura de Porto Alegre, mas foi derrotado pelos petistas Olívio Dutra e Tarso Genro, respectivamente. 

Após se afastar do partido em 2000, se reaproximou em 2012, mas permaneceu apenas como conselheiro de alguns nomes.

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