DIPLOMACIA

Almagro pede que Carta Democrática da OEA para atuar na Venezuela

Trump disse na sexta-feira (11) que "certamente" Washington poderia optar por uma operação militar para resolver a situação no país sul-americano

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Publicado em 12/08/2017 às 18:10
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Trump disse na sexta-feira (11) que "certamente" Washington poderia optar por uma operação militar para resolver a situação no país sul-americano - FOTO: Foto: AFP
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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, sugeriu neste sábado que a Carta Democrática do organismo seja usada para "atuar" na Venezuela, após o anúncio do presidente americano Donald Trump de uma "possível opção militar" diante da crise nesse país.

"Carta democrática Interamericana @OEA_oficial é o instrumento para defender a democracia e o marco idôneo para atuar na #Venezuela", escreveu Almagro em sua conta do Twitter.

Almagro insistiu na aplicação deste documento, aprovado em 2001 para fortalecer e preservar a institucionalidade democrática regional, ao acusar ao governo venezuelano de Nicolás Maduro de tornar-se em uma "ditadura". 

Trump disse na sexta-feira (11) que "certamente" Washington poderia optar por uma operação militar para resolver a situação no país sul-americano, onde quatro meses de protestos contra Maduro resultaram em violentos distúrbios que deixaram 125 mortos.

"Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar se for necessário", disse o mandatário. 

A instalação na Venezuela de uma Assembleia Constituinte impulsionada por Maduro aumentou as tensões entre Caracas e Washington.

Constituinte

Duro crítico do governo de Maduro, Almagro denunciou a eleição da Constituinte como uma "tremenda fraude" e rechaçou há uma semana a decisão do Mercosul de suspender a  Venezuela do bloco regional "por ruptura da ordem democrática".

No entanto, a OEA não chegou a um consenso sobre a situação na Venezuela, apesar de os 13 países-membro do organismo regional terem emitido no último Conselho Permanente uma declaração em que se pede à Venezuela que abandone a ideia da Constituinte.

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