OPERAÇÃO SOLDNER

Pernambuco entre os investigados pela PF por comércio ilegal de pedras preciosas

Uma organização criminosa exportava minério e pedras preciosas para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

Da ABr e JC Online
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Publicado em 26/11/2015 às 9:00
Foto: Divulgação/PF
Uma organização criminosa exportava minério e pedras preciosas para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos - FOTO: Foto: Divulgação/PF
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A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quinta-feira (26), a Operação Soldner em Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Pará e Tocantins. A ação tem objetivo de desarticular organização criminosa que atuava no comércio ilegal e na exportação massiva de minérios e pedras preciosas.

A investigação começou em 2013, após a PF receber a denúncia de que integrantes da organização criminosa vendiam urânio, material radioativo, para grupos ligados a ações terroristas. 

A Operação Soldner conta com o apoio de cerca de 200 policiais federais, de várias partes do Brasil, para o cumprimento de cerca de 58 medidas judiciais, sendo dez mandados de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e 29 conduções coercitivas nos estados.

A PF estima que a movimentação do grupo durante a investigação foi R$ 500 milhões. Os investigadores descobriram que a organização é formada por duas células - uma trabalha na comercialização ilegal de pedras preciosas e composta, em sua maioria, por empresários do ramo e pequenos comerciantes de joias. O minério e as pedras preciosas seguiam uma rota que passava por Portugal, pela Bélgica e por Israel, tendo como destino Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A outra célula é integrada por autônomos e pequenos empresários que comercializariam, mediante fraude, títulos da dívida pública e moeda estrangeira, em transações financeiras envolvendo bancos venezuelanos. Os investigadores suspeitam que a movimentação com moedas e títulos estaria vinculada aos processos de lavagem de dinheiro do grupo.

RECIFE - Em Pernambuco, a Polícia Federal cumpriu apenas um mandado de condução coercitiva, nesta quinta-feira (26), no Recife. Uma corretora de seguros, 21 anos, prestou depoimento na sede da PF, na área central do Recife, e fez exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML). Ao que tudo indica, ela seria uma possível vítima de um dos integrantes da quadrilha que também é envolvido também com tráfico de pessoas para fins de exploração sexual.

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