Pernambucano

Título no aniversário: Wendel relembra bastidores da final do PE2018

Conquista especial, injeções e lesão com pênalti: ex-volante relembra última taça como jogador

Diego Toscano
Cadastrado por
Diego Toscano
Publicado em 26/04/2018 às 20:02
Diego Nigro/JC Imagem
Conquista especial, injeções e lesão com pênalti: ex-volante relembra última taça como jogador - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
Leitura:

O último título de Wendel na carreira teve de tudo: fim de jejum de 13 anos, lesão batendo pênalti, Arena de Pernambuco com recorde de público para clubes e três minutos que entraram para a história. Em entrevista ao JC, o agora ex-volante revelou os bastidores da conquista do Pernambucano 2018 pelo Náutico.

Titular na reta final do Estadual, Wendel teria um 8 de abril especial. Além do segundo jogo da final do Pernambucano, o domingo também reservava o seu aniversário de 36 anos. Mas o sábado (7) surgiu como vilão. No último treinamento antes da partida contra o Central, o volante foi bater pênaltis no CT e, em uma cobrança, acabou se machucando.

A lesão muscular de grau 1 praticamente vetava Wendel de jogar na Arena. Mas ele se negou a desistir. No sábado, intensivo na recuperação. No domingo, acordou às seis horas da manhã para continuar o tratamento. Às 10h, o departamento médico do Náutico resolveu vetar o jogador. "Pelo amor de Deus, não me deixem ver esse jogo lá de cima (das arquibancadas)", suplicou o jogador.

Foram preciso três injeções, um pedido para Roberto Fernandes e o aval do DM, mas Wendel foi liberado para o banco de reservas. De lá, viu a Arena de Pernambuco lotada de alvirrubros como nunca antes na história do clube na arena multiuso. Foram mais de 42 mil pessoas, quebrando o recorde de público para clubes do estádio da Copa do Mundo de 2014. Faltando três minutos para terminar a partida, vencida por 2x1 pelo Náutico, o volante entrou em campo para comemorar o título que, segundo ele, é um dos mais importantes da carreira. De quebra, ainda tirou o Timbu de um jejum de quase 14 anos sem conquistas.

O TÍTULO MAIS IMPORTANTE

"Eu digo que todos são importantes. Muitos falam da Tríplice Coroa pelo Cruzeiro, mas teve Francês, Árabe, Goiano, Paulista... Sobre o mais especial, e não é ‘jogar confete’, só porque estou dando entrevista na cidade. Mas conquistar um título no dia do aniversário com o estádio cheio em final de carreira é especial. Não tem como. Só tenho a agradecer a Roberto Fernandes. Sabia que eu estava debilitado, mas ainda assim me colocou no finalzinho. Momento especial da minha carreira", afirmou o jogador.

Últimas notícias