Uma das obras mais famosas da literatura mundial, O Pequeno Príncipe, do escritor e aviador francês Antonie de Saint-Exupéry, ganhou uma adaptação singular. Em seis volumes, o escritor carioca radicado em Pernambuco Carlos Gomes ampliou o universo do personagem, contando com a presença das ilustrações de Ayssa. O Pequeno Príncipe no Planeta Terra será lançado na Bienal Internacional do Rio de Janeiro, em setembro, mas ganha um pré-lançamento no sábado (25/7), às 16h, na Livraria Cultura do RioMar Shopping.
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A ideia de recriar a obra, segundo Carlos, veio de um sonho que ele teve com Saint-Exupéry relatado no primeiro volume. Nos demais números o personagem ainda passará pelo Planeta das Maravilhas, Planeta Vermelho, Planeta das Poesias, Planeta @.com e o seu próprio planeta.
“Meu principal cuidado foi para seguir a linguagem de Saint-Exupéry, e também busquei ser fiel aos personagens e à mensagem universal da obra”, conta o autor. Outra atenção fundamental foi com a parte de ilustrações. “Não só a pesquisa foi importante, mas a escolha da ilustradora também. Ayssa tem um conhecimento da técnica da aquarela – que é usada pelo autor no original – que era essencial. Ela coloriu a vida que eu trouxe de volta à terra”, declara.
No lançamento deste sábado (25/7), além da sessão de autógrafos do volume, haverá uma roda de leitura do livro. Carlos avisa que personagens como a rosa, a raposa e o príncipe se farão presentes no evento. Além disso, as teles de Ayssa usadas para compor a obra estão expostas na Livraria Cultura.
Um dos motivos para realizar o lançamento prévio no Recife é uma história famosa, mas nunca comprovada. Quando trabalhou no Brasil, entregando correspondência da empresa Aeropostale, entre 1929 e 1930, Saint Exupéry teria passado pela capital pernambucana e ficado encantado com a imensa árvore que fica na Praça da República. A partir daí, teria inserido os baobás na obra: no planeta em que vive, Asteroide B 612, o Pequeno Príncipe precisa lidar com as imensas árvores que não param de crescer e poderiam acabar com o local se não fossem podadas.
A história tem ares de lenda – habitantes de Natal, no Rio Grande do Norte, dizem que a inspiração é um exemplar de baobá de lá. De toda forma, as duas cidades nordestinas eram destinos da Aeropostale. Esse é só mais um dos mistérios da vida do aviador, desaparecido depois de um acidente e que nunca teve seu corpo encontrado.
