Melhorias

Obra de R$ 22 milhões para melhorar abastecimento em Gravatá

Construção de via expressa e adutora de 20 quilômetros terá licitação publicada nesta sexta

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Publicado em 26/04/2018 às 7:17
Divulgação/Compesa
Construção de via expressa e adutora de 20 quilômetros terá licitação publicada nesta sexta - FOTO: Divulgação/Compesa
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Enfrentando atualmente um racionamento de água que chega a dois dias com o produto e oito dias sem, a cidade de Gravatá, um dos destinos turísticos mais procurados do Agreste, receberá investimentos para mudar essa realidade. Nesta sexta, será publicado edital para a obra de ampliação do Sistema Produtor Amaraji para Gravatá, que prevê a construção de uma via expressa e uma adutora com cerca de 20 quilômetros de extensão até a Estação de Tratamento de Água (ETA), que será duplicada, já que a oferta de água deve dobrar.

O serviço será executado com recursos tomados de empréstimo pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) junto à Caixa Econômica Federal/FGTS, no valor de R$ 22 milhões. Após o início, ele deve durar quinze meses.
A Barragem de Amaraji já é utilizada pela Compesa para atender Gravatá, por meio da Barragem de Vertente Doce, em Chã Grande, que hoje é sua principal fonte de abastecimento. “Com esse novo empreendimento será possível, em períodos de estiagem, contar com as águas da barragem de Amaraji chegando direto a Gravatá”, informa o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

O prefeito do município, Joaquim Neto, diz que a obra é esperada há anos. “Vai melhorar muito o abastecimento, no verão foi muito difícil. Mas só vamos comemorar quando a água chegar”, reforça. Ele ressalta ainda a construção do Sistema de Esgotamento Sanitário, em execução pelo Estado, com investimentos de R$ 28 milhões. “Ela vai permitir uma cobertura de 40% do saneamento da cidade, para chegarmos a 100% seria necessário um investimento de R$ 200 milhões.

O gestor cobra o compromisso assumido pela Compesa, em outubro de 2017, de apoio para elaboração de seu Plano Municipal de Saneamento Básico, sem o qual a cidade não pode receber recursos federais. A companhia afirma que vai dar o apoio técnico necessário, repassando à prefeitura a base de dados do Plano Regional de Saneamento da Bacia do Rio Ipojuca, sendo impedida por lei de colaborar financeiramente.

TURISMO

O empresário Lucas Medeiros, 51 anos, que mora no município há dez anos, diz que é necessário acabar de vez com o racionamento, em uma cidade tão importante. “Isso já foi motivo de esvaziamento nas altas estações. Hoje a situação está melhor, sobretudo em bairros onde os moradores construíram cisternas, como Jardim Petrópolis. Mas em 2016 cheguei a receber dois caminhões-pipas porque passei um mês sem água”, declara.

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