O Forte de Santo Inácio de Loyola, localizado em Tamandaré, município do Litoral Sul de Pernambuco, será reaberto ao público nesta quinta-feira (27/07), em solenidade às 15h. O prédio estava fechado para obras de restauração e foi transformado em museu histórico. O governador do Estado, Paulo Câmara, participa da solenidade de reabertura do Forte de Tamandaré.
De acordo com historiadores, o Forte Tamandaré é uma construção do século 17, reformada nos séculos 18 e 19. A edificação típica da engenharia militar ganhou uma igreja, a Capela de Santo Inácio de Loyola, em 1786. O templo está recuperado e pode ser uma alternativa para casamentos no Litoral Sul.
No passado, a fortaleza fazia a defesa da costa. Agora, antigos quartéis dos soldados serão ocupados por lojas de artesanato produzido em Tamandaré. A cela dos presos e a casa da guarda passam a funcionar como museu. E a casa do comandante, no primeiro pavimento, está adaptada para receber um restaurante ou café, escolhido por licitação. Vestígios da construção antiga ficaram aparentes em trechos do forte – janelas, portais, paredes, ruínas, piso de pedra – como resgate histórico da edificação.
Na casa do comandante, o visitante poderá contemplar pregos da época num portal e o mecanismo usado para fechar portas e janelas. Por orientação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a casa de pólvora manterá sua condição de ruína, consolidada, na fortificação restaurada. Um fogão de pedra usado por soldados foi reconstituído numa das salas do Forte de Tamandaré, tombado como monumento estadual.
PESQUISA
Técnicos da fundação também sugeriram a reconstituição de uma das rampas de acesso aos baluartes com as pedras de origem encontradas no local durante a pesquisa arqueológica. As outras três subidas estão revestidas com paralelepípedo. “O ideal seria fazer as quatro rampas com as pedras originais, mas não havia material em quantidade suficiente”, afirma o gerente-geral do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), Rafael Ferraz.
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As pedras também podem ser vistas na área reservada aos canhões no terrapleno do Forte de Tamandaré, espécie de terraço com vista para o mar. A obra de restauração, executada pelo Prodetur de setembro de 2015 a abril de 2017, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), custou R$ 9,6 milhões, diz Rafael Ferraz. O forte mantém a cor branca nas paredes e azuis em portas e janelas.
“Usamos cal, por determinação da Fundarpe, mas nesse tempo de chuva nem parece que as paredes foram pintadas, todas estão manchadas pela umidade, mas já pintamos o prédio três vezes”, observa o administrador do Forte de Tamandaré, Jeová Sandro de Moraes. Ele disse que a ideia da Prefeitura de Tamandaré, responsável pela gestão do equipamento, é expor artesanato diversificado nas lojas.
MARINHA
Uma das salas, possivelmente, será destinada às Secretarias de Meio Ambiente e de Turismo, informa Jeová Sandro. “Teremos um espaço para expor parte dos achados arqueológicos (balas de canhão e outras objetos) do forte”, avisa o administrador. A Marinha do Brasil vai instalar um museu ao lado das ruínas da casa de pólvora, com peças doadas pela instituição militar sediada no Rio de Janeiro.