CASO MIRELLA

"Rezo todas as noites pela família dela", diz mãe de Edvan

Zilda Cordeiro acredita na inocência do filho Edvan

Felipe Vieira
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Felipe Vieira
Publicado em 21/04/2017 às 8:28
Felipe Vieira/Especial para o JC
Zilda Cordeiro acredita na inocência do filho Edvan - FOTO: Felipe Vieira/Especial para o JC
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Veja a entrevista concedida pela mãe de Edvan, Zilda Cordeiro

Jornal do Commercio – Como a senhora recebeu a notícia de que seu filho tinha sido preso, acusado pelo assassinato da fisioterapeuta Mirella Sena?


Zilda Cordeiro – Meus filhos sabiam desde cedo e estavam escondendo de mim. Só à noite, uma de minhas filhas veio e me pediu para sustentar o coração, pois tinha algo para dizer. Quando ela falou eu desmoronei. De lá pra cá não tenho mais vida. Não durmo, não como. É um pesadelo.


JC – A senhora acredita que ele tenha assassinado a moça, como diz a Polícia Civil?
Zilda – Não acredito que ele fez isso e vou apoiá-lo até o fim. Ele é um menino bom, sempre foi amoroso com todos, muito cuidadoso comigo e com o pai, agarrado aos irmãos. Estão dizendo por aí que ele é um monstro. Eu garanto que não é. Meu filho é uma pessoa maravilhosa e não fez isso.


JC – Mas a polícia diz ter provas, exames em que foi encontrado DNA dele nas unhas da vítima e sangue dele no apartamento onde ela foi assassinada.
Zilda – Continuo dizendo que não acredito e que o verdadeiro culpado vai aparecer, cedo ou tarde. Meu filho é muito religioso, foi criado dentro da igreja, foi consagrado. Sempre ensinamos o melhor caminho a ele.

PERSONALIDADE


JC – Como era Edvan em casa, no trato com os familiares?
Zilda – Um menino de ouro. Bom filho, amigo, muito ligado aos irmãos. Nunca levantou a voz para mim ou para o pai. Obedecia tudo que a gente mandava ele fazer. Também era um bom esposo. Só saiu dessa casa, aos 32 anos, para casar. E mesmo assim, vinha todos os dias almoçar ou jantar conosco. Todos os dias. Só ia para a casa dele para dormir mesmo. Era sempre de lá para o trabalho, do trabalho para cá, e de volta para casa.

JC – Se a senhora pudesse dizer algo à família de Mirella, o que seria?
Zilda – (Chorando) Eu sou mãe de onze, imagino o sofrimento que os pais dela estão enfrentando com a perda da filha. Eu rezo por eles todas as noites. Eu pediria perdão e diria que meu filho não fez isso com ela.

JC – No próximo domingo a senhora vai encontrar Edvan pela primeira fez desde que ele foi preso (no dia 5 de abril). O que pretende dizer a ele?
Zilda – Não sei ainda. Eu peço a Deus todos os dias para que me ilumine no dia desse encontro. Mas vamos lá (no presídio), ele precisa saber que tem uma família por ele, que ele não está só.

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