Um depósito de carnes e derivados foi autuado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (SMAS) após um vazamento de gás amônia nesta quinta-feira (5) em uma câmara frigorífica. O galpão pertence a empresa Estivas Novo Prado e fica na Rua 20 de Janeiro, Boa Viagem, Zona Sul da cidade. Além do vazamento do gás, a empresa não apresentou licença ambiental. O vazamento foi controlado pelo Corpo de Bombeiros.
De acordo com a secretaria, o vazamento deve ter ocorrido pela manhã. Os bombeiros foram acionados para conter o escapamento do gás. A amônia formou uma névoa, dificultando a visão no local. Os bombeiros entraram em contato com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. A Defesa Civil e a Secretaria de Controle Urbano também foram ao local.
A amônia é um gás que refrigera. Ela é perigosa e pode matar por asfixia em ambiente fechado, de acordo com a chefe de fiscalização da SMAS, Janaína Macedo. A tubulação que leva o gás para refrigerar as câmaras rompeu. “A estrutura do galpão também foi abalada. Parte de algumas prateleiras cedeu, batendo nas tubulações. Tudo indica que foi isso”, explicou Janaína Macedo.
Os alimentos não são contaminados pelo gás, pois a amônia fica no ar. Os proprietários da empresa poderão retirá-los do local e colocar em outra câmara frigorífica. O galpão onde aconteceu o vazamento ficará interditado e a empresa terá que se adequar e ter a licença ambiental.
Existe uma comunidade próximo ao depósito, mas não há residências localizadas perto dos fundos do galpão onde aconteceu o vazamento, apenas a linha do metrô.
Nesta sexta-feira (6), a SMAS vai realizar uma nova vistoria no galpão, pois o cheiro forte do gás impediu que uma verificação mais profunda nas instalações fosse feita. Para entrar na câmara era preciso utilizar uma máscara.
A Estivas Novo Prado responderá a um processo administrativo e pode pagar uma multa que varia entre R$ 50 mil e R$ 250 mil. A empresa foi autuada por falta de licença e poluição atmosférica, que estão previstas no artigo 130, inciso IV e XXIII, do Código de Meio Ambiental e Equilíbrio Ecológico do Recife, na lei municipal 16.243 de 1996.
