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Arquidiocese fará show com pe. Reginaldo Manzotti para viabilizar obra de Fazenda da Esperança

Será a primeira unidade no Estado da entidade que trata viciados em drogas e álcool

Do JC Online
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Publicado em 16/12/2013 às 12:54
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Será a primeira unidade no Estado da entidade que trata viciados em drogas e álcool - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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A Arquidiocese de Olinda e Recife lança na próxima quarta-feira (18), uma campanha para a construção da primeira unidade em Pernambuco da Fazenda da Esperança, entidade criada em Guaratinguetá há 30 anos, que recupera pessoas viciadas em drogas e álcool. Será em Muribequinha, num terreno de 30 hectares doado pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. A Arquidiocese pretende iniciar uma grande campanha para conseguir recursos para a construção - orçada em R$ 4,4 milhões - e para isso planeja um grande evento para o dia 15 de fevereiro, no Pina, a partir das 15h. Será o Show da Esperança, com a participação do padre Reginaldo Manzotti. Além do show, a Arquidiocese está em contato com empresários que se comprometeram a fazer doações.

Unidade masculina será em Jaboatão dos Guararapes. Uma outra, feminina, está prevista para Igarassu

O anúncio oficial do projeto ocorrerá no Palácio dos Manguinhos, às 10h desta quarta. O evento vai angariar recursos com a venda de camisetas, ao custo de R$ 20 a unidade, nas paróquias e em lojas interessadas. pe. Reginaldo Manzotti encerrará a programação, que terá ainda pernambucanos como padre João Carlos, frei Damião e celebração de missa pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido.

O arcebispo estima que no Natal do próximo ano a Fazenda da Esperança, que receberá o nome do padre Antônio Henrique, religioso vítima da ditadura militar, já esteja recebendo os primeiros educandos. O projeto prevê a construção de três casas (cada uma podendo abrigar até 12 pessoas), mas dom Fernando diz que pode começar o trabalho tão logo a primeira residência esteja de pé. Além das casas, o espaço terá refeitório com salão multiuso, campo de futebol e oficina onde serão ensinados diversos ofícios aos participantes do programa de recuperação - que dura um ano. A primeira unidade no Estado será exclusivamente masculina. "Porque os homens são maioria entre os que precisam desse apoio", explica dom Fernando. Mas uma nova unidade, exclusivamente feminina, está prevista para ser instalada em Igarassu.

O tratamento consiste na recuperação dos dependentes pelo trabalho e pela vivência comunitária. Os educandos mexem com agricultura, aprendem um ofício e o produto do trabalho é vendido, com renda revertida para o próprio interno. Não raro ex-educandos permanecem como voluntários após o tratamento. Hoje o projeto já possui quase cem unidades em 19 países diferentes. Mais de mil jovens buscam auxílio todos os anos. A participação é voluntária e os interessados devem escrever uma carta de próprio punho e encaminhar à Arquidiocese. O internamento não é gratuito. "Para que as pessoas valorizem", cita dom Fernando as palavras do criador do movimento, frei Hans Stapel. Os educandos pagam três salários mínimos de entrada e um salário mínimo por mês, que pode ser conseguido com os produtos fabricados nas oficinas. "Mas é bom dizer que há possibilidade de apadrinhamento. Garantimos que ninguém ficará sem tratamento por falta de recursos", acrescenta dom Fernando.


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