Ex-coordenador do Mais Médicos é um dos investigados pela Operação Pulso

O grupo investigado pela PF pode ter causado prejuízo de R$ 9 milhões na estatal
Do JC Online
Publicado em 09/12/2015 às 11:18
O grupo investigado pela PF pode ter causado prejuízo de R$ 9 milhões na estatal Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


O ex-coordenador do Programa Mais Médicos e atual diretor de Inovação Tecnológica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), Mozart Sales, é um dos investigados de participar de uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos na estatal. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele, no bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife, nesta quarta-feira (9). Mozart Sales também foi afastado da função.

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Escolhido pelo então ministro da Saúde, Arthur Chioro, Mozart Sales é médico e havia assumido a diretoria de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobras em março deste ano. Sob sua responsabilidade estavam as pesquisas, produção e gestão do plasma. O médico também atuou como sexretário nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, entre os anos de 2012 e 2014, quando coordenou a implantação do programa Mais Médicos, do governo federal.

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A Operação Pulso já cumpriu dois mandados de prisão na manhã desta quarta-feira (9). De acordo com a Polícia Federal, Delmar Siqueira Rodrigues, preso em Teresina, no Piauí, seria o lobista do grupo especializado em direcionar licitações e desviar recursos públicos da Hemobras. A filha dele, Juliana Cunha Siqueira, também seria lobista e foi presa em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Outro mandado de busca e apreensão foi cumprido no apartamento do diretor presidente da Hemobras, Rômulo Maciel Filho, localizado nos prédios conhecidos como Torres Gêmeas, no Cais de Santa Rita, área central do Recife. O diretor foi afastado da função e deve prestar depoimento na sede da PF, no Bairro do Recife, ainda na manhã desta quarta-feira (9).

A polícia também realiza um mandado de busca e apreensão na casa de Jorge Luiz Batista Cavalvanti, servidor da Hemobras, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

A PF estima que as atividades da organização criminosa provocaram um prejuízo de R$ 9 milhões na Hemobras.

Em vídeo para o NE10, o então secretário falou sobre a chegada de profissionais em USF no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco:

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